23 de mar. de 2010

No jardim do poeta

Quando a madrugada se aproxima, começo a disparar o gatilho dos pensamentos.
E sempre da cabeça sai alguma coisa.
Ei-lo:
No jardim do poeta têm flores matinais; aquelas que logo vêm desejar um bom dia; existem outras que chegam um pouco depois; e ainda têm aquelas que durante a noite iluminam com sua luz o adormecer. Para o poeta, não há hora, não há data, nem pressa, nem demora; não há tempo ruim, nem a falta dele, nem fim. O bom mesmo é que no jardim da poesia as flores são de todos os tipos, cores, perfumes e belezas. E, o que importa é a diversidade e a atenção dispensada a cada uma. Não há a preferida. No jardim do poeta as flores são iguais. Umas requerem mais atenção e cuidado, outras cuidam e mantêm o poeta vivo. Iluminam os dias, as tardes, as noites. Outras se cansam mais rapidamente e se recolhem mais cedo. No jardim do poeta a única coisa que não pode existir é a solidão.
AneCar

2 comentários:

  1. É sempre um prazer ler esta tua alma poética e linda, Liu. Que bem fizeste em criar e partilhar este espaço onde podes, e tão bem fazes, soltar a alma e libertar-te para a vida.
    Mil beijinhos, querida

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  2. Querido amigo Arlindo, obrigada por tua simpatia, carinho e amizade. A tua presença aqui me faz feliz e sensibilizada.
    Alma de poeta, tens tu.
    Beijinhosssssssss

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